terça-feira, 30 de junho de 2009

tc nu pc



AMANTE LATINO say: oi dininha!

dininhabb say: oi qridinhu!

demorô tantuuu :(

AMANTE LATINO say: tava nu banhu

dininhabb say: humm!!!

deve tah molhadinhu agora rsrsrsr

AMANTE LATINO say: qria q tivesse aqui pra vc mim inxugah

tava pensano em vc

dininhabb say: olha.. eu tenho namoradiu

AMANTE LATINO say:q q tein? eu tb tenhu

dininhabb say: vc tem namoradiuuu?!!! rsrsrsrsrs

AMANTE LATINO say: vc eh taum ingrassadinha

dininhabb say: x***

pq tah demoranuuuu????

fiko cum raiva :(

AMANTE LATINO say: vc fiko cum çaudadi di mim rsrsrsrs

dininhabb say: aaaahhhh tu si axa neh!

AMANTE LATINO say: q eh iço dininha!

vc çabi q gosto muito de vc

dininhabb say: aaaahhh!!! rsrsrss

vc tah eh mim tirano

pença q nu sei gaiatuuu****

AMANTE LATINO say: to naum

pq num vein pra cah?

qria tantuuu vc qui cum miguuu***

pra mim inxugah

dininhabb say: lipêeee vc tah eh loco msm mininu

qria q a nandinha viçi nois cumveçanu aqui

qria soh v tua krade bobo!!!! rsrsrsrsrs

AMANTE LATINO say: ela num tah aqui!!!

tah viajanu cum a mae

podi vim minina

vein naum?!!!

dininhabb say:: aiiinnn lipêeee!!! :(

AMANTE LATINO say: si vc vim eu dexo vc mim bjah ondi vc quizeh

ondi vc keh mim bjah dininha??

dininhabb say: aiiinnn!!! :(

AMANTE LATINO say: q foi?

vc num keh mim bjah?

dininhabb say: neh iço naum

a nanda eh minha miga neh

num poço fazê iço cum ela :(

AMANTE LATINO say: tah bom intaum

tchau

dininhabb say: isperah

tah falano ceriu msm?

AMANTE LATINO say: uhum

vc vein?

dininhabb say: aiiin!!!!

AMANTE LATINO say: vein oh naum?

dininhabb say: tah bom mininu eu vôh...

AMANTE LATINO say: SUA PIRANHAAAAAA!!!!!!!

TRAIRAAAAAAAAAAAA!!!! SAFADAAAAA!!!!!

CAIU NA MINHA SUA IDIOTA!!!!

dininhabb say: nandinha?

eh vc?

eu num ia naum migaaaaa

tava soh brincano mais num ia

juro miga!!! :(


sábado, 20 de junho de 2009

Entre quatro paredes



- Cá Vivi! Senta!
- Ai Vavá, minha mãe vai mim MA-TA!
- Vem logo, doida! Tua mãe num tá qui naum! Fica quéta!
- Vai demorá muito...????
- Cê vai ficá falano?! Assim num vai dá...
- Si a Vevé disconfiá de nois vai direto contá pra mamãe.
- Num tem como ela sabê! Agora essa...
- Eu peguei ela mexeno nas minhas coisa, Vavá! Tá pegano no meu pé porque tá desconfiada di nóis aqui.
- Calma, amôzinho... olha, relaxa qui vai sê melhor pra nois. Qui adianta vim pra cá e ficá pensano nessas coisa? Nem tua mãe, nem tua irmã num sabe di NA-DA! Num sabi qui num fumo pro colégio e viemo pra cá. É muita gente lá, como vão lembrá di nóis?
- É... você tem razão. Eu devo tá lôca mermo... mais num vamo ixagerá! Assim qui terminá a genti corri pra casa, e é só uma vez, tá!
- Mais tu é medrosa, viu! Qué imbora agora?
- Nã, naum! Já qui tamo aqui, vamo aproveitá, né muié!
- É assim qui si fala, miga! Depois a genti pega a matéria c'as menina. Agora cala a boca qui vai cumeçá o cine!
- Qué minha pipoquinha?
- Hihihihi!!!




domingo, 14 de junho de 2009

O que não tem beleza, o que não vê arte


Acordei cedo naquele dia claro, não por querer... - ACORDA, vagabundo! - Olha, “vagabundo” tudo bem, não tenho como rebater o que é fato, o problema é o “ACORDA”... pra que ser tão colérico, inóspito, hostil? Eu não sei qual é a desses caras, mas não serei eu quem discutirá com um milico truculento o meu direito de ir e vir neste país, até porque ele só entende de ordem e desse tema me abstenho de discutir.

A noite não fora tão prazerosa, muita gente na rua, numa sinfonia dissonante de passadas, trotes e arrasta-pés; tênis de cores refletivas, tênis surrados, sapatos lustrosos, outros nem tanto, pernas nuas em sandálias de cores vivas, pernas brancas, amarelas, negras, manchadas, sardentas, anêmicas... uma infinidade de transeuntes de rumos vários, mas todos passavam por aqui. Acho que não me viam, cheguei a questionar minha existência, mas não estava morto, já que ainda podia sentir Laila me lamber a topada do dedão do pé.

Mendigos e cadelas têm muito em comum, a começar pela indiferença que sofrem. Cachorro todos querem, mas nasce uma cadela as pessoas já dizem logo; “Cadela num presta, depois quer ficar vadiando por aí e parindo direto”, e tratam logo de “dar fim”... sei o que Laila sente, pois sofro do mesmo calvário. Já tive pais e irmãos, mas por representar mais um prato à mesa hoje meu lar é esta antiga praça.

Bom, pelo menos me deixaram esta garrafa de vodka meia-vida; um remédio pra aliviar as tensões da realidade fria sorvedora dos sonhos quentes; ainda existem boas almas nesse mundo. Agora tenho que ir, Seu Guarda tá me dando ordens de despejo, a praça vai passar por uma reforma e não serei eu um dos adereços de ornamentação. É... o feio só é belo para os românticos amantes das artes, porque os olhos só vêem beleza no feio quando não sentem o cheiro dele tão de perto.

- Já acordei, Seu Guarda!


sexta-feira, 5 de junho de 2009

Procrastinação literária


Sentou-se à mesa com a ânsia de dias sem inspiração. Desposou café com cigarro numa sequência degradante que por vezes é quebrada. Já estava de fogo pra tomar coragem, coisa que parece não ter surtido o efeito pretendido. Não, nada vem. Algumas frases esparsas à cabeça, nada que pudesse desenvolver uma lógica léxica. Isso o enfurecia ao ponto de espasmos de socos serem desferidos contra a mesa vez por outra. Suor, ofegos, inquietação, sintomas de desespero.

Ensaia desabar em choro como a um infante que a fome arrebata quando delicadamente batem a porta, recompõe-se e vai atender. Sua vizinha tinha os cachos castanhos claros. Nariz afilado em meio a dois grandes olhos sempre firmemente fitos aos dele. Os lábios rosados trêmulos em desejo. A pele homogeneamente bronzeada sob medianos pelos dourados que a coxa em saia justa sensualmente expunha.


Ela voa em sua direção. Agarra-o num beijo sufocante. Camisa azul de gola é rasgada, três botões ao chão. Camiseta branca de renda é rasgada, seios eriçados à mão. No sofá-cama vermelho a batalha deu início: tapas no rosto, outros no clítoris, outros nos seios; chupadas na língua, outras na glande, outras nos seios. Ela cavalga imperiosa sobre o amante rendido até que cai de quatro por ele. Doeu até vencer o esfincter, o azeite não fora suficiente, mas o gozo lhos uniu forte até o despejo da felicidade conquistada no rosto sôfrego dela, como que demarcasse seu o território da fêmea inválida. E ela se vai.

Novamente os dedos à máquina, mas nada, nada o vem. Cigarro-café, cigarro-café, cigarro-café, cigarro-cigarro, café...cigarro. Descerra as cortinas e vai até a varanda. A noite está maravilhosa, a lua nunca esteve tão nítida naquele céu escuro e limpo. Lua cheia de mistérios, de elucubrações crescentes e de minguadas imperfeições. Concorrem-lhe as estrelas com pequena robustez, mas unidas em propósito fazem iluminar até os corações mais endurecidos.

Sentou-se à mesa sem maiores cobranças. Divorciou café do cigarro que haviam acabado naquele momento. A lucidez já o vinha após noite enfadonha de bebidas e sexo. Algo estava claro... era o dia que surgia com seu sol espetando raios de luz e calor sobre suas costas cansadas. Mais um soco à mesa e vai pra cama. Fadiga, desorientação, sono. A editora liga, a velha cobrança de sempre, o sufoca, mas não será desta vez que conseguirá terminar o livro, quem sabe esta noite. Quem sabe...